domingo, janeiro 17, 2010

Vive..

'Não comas a vida com garfo e faca.

Lambuza-te!

Muita gente guarda a vida para o futuro.

Mesmo que a vida esteja no frigorifico, se não a viveres, ela deteriorar-se-á.

É por isso que tantas pessoas se sentem emboloradas na meia-idade.

Elas guardam a vida, não se entregam ao amor, ao trabalho, não ousam, não vão em frente.

Não deixes que a tua vida fique muito séria, saboreia tudo o que conseguires: as derrotas e as vitórias, a força do amanhecer e a poesia do anoitecer.

Com o tempo, vais percebendo que para ser feliz precisas de aprender a gostar de ti, a cuidar de ti e, principalmente, a gostar de quem também gosta de ti.

O segredo é não correr atrás das borboletas… é cuidar do Jardim para que elas venham até ti.'

domingo, janeiro 03, 2010

O que foi ontem.. foi ontem

O que foi ontem.. foi ontem. Hoje.. já nada tem a ver com nada.
Tomamos como garantidas a maioria das coisas apenas porque perduram connosco à muito tempo. Olhamos à volta e pensamos: amanhã ainda está aqui.
Com o amanhã chega a notícia que acabou. Partiu, e não volta mais.

Ao longo das nossas vidas, deparamo-nos com essas perdas.. todos nós..
O que acaba por variar é o modo de as encarar e voltar a viver.

Também já todos tivemos de dizer um dia: perdi alguém.
Mas tudo também depende de quem é esse alguém..

Não vou mentir.. Perdi um pouco a vontade de me lamuriar com problemas que sei que acabam por ser comuns a todos os seres humanos.
Mas a verdade é que ultimamente as mudanças na minha vida, além de impostas, têm sido muito pouco espaçadas.

No final de Julho perdi um avô. O meu pai perdeu o pai, a minha avó o marido.

Um mês depois, perdi a minha avó. A minha mãe perde a mãe e o meu avó ganhou a companhia eterna do amor da sua vida.

Lembro-me que, quando recebi a segunda notícia, só consegui dizer: Ela não..
Quem a conheceu, sabe do que falo. A D. Ana não era somente a minha avó, era a avó dos meus irmãos, dos meus primos e até dos meus amigos..
Era ela.. pequenina no seu metro e quarenta e cinco, sapatinho 34.. Rija como um toiro, diria eu até à pouco tempo.

A partir daí, mudei um pouco do meu ser.

Começei a agarrar a vida de um modo que não fazia..

Resolvi deixar o emprego que tinha à dois anos. Precisava de outros ares.

Agora tenho a hipótese (quase real) de ir trabalhar para o entrangeiro. Não tenho medo. Disto não.

Só temos de nos arrepender das decisões que não tomamos.

Vou dando notícias. Até qualquer dia.