O que foi ontem.. foi ontem
O que foi ontem.. foi ontem. Hoje.. já nada tem a ver com nada.
Tomamos como garantidas a maioria das coisas apenas porque perduram connosco à muito tempo. Olhamos à volta e pensamos: amanhã ainda está aqui.
Com o amanhã chega a notícia que acabou. Partiu, e não volta mais.
Ao longo das nossas vidas, deparamo-nos com essas perdas.. todos nós..
O que acaba por variar é o modo de as encarar e voltar a viver.
Também já todos tivemos de dizer um dia: perdi alguém.
Mas tudo também depende de quem é esse alguém..
Não vou mentir.. Perdi um pouco a vontade de me lamuriar com problemas que sei que acabam por ser comuns a todos os seres humanos.
Mas a verdade é que ultimamente as mudanças na minha vida, além de impostas, têm sido muito pouco espaçadas.
No final de Julho perdi um avô. O meu pai perdeu o pai, a minha avó o marido.
Um mês depois, perdi a minha avó. A minha mãe perde a mãe e o meu avó ganhou a companhia eterna do amor da sua vida.
Lembro-me que, quando recebi a segunda notícia, só consegui dizer: Ela não..
Quem a conheceu, sabe do que falo. A D. Ana não era somente a minha avó, era a avó dos meus irmãos, dos meus primos e até dos meus amigos..
Era ela.. pequenina no seu metro e quarenta e cinco, sapatinho 34.. Rija como um toiro, diria eu até à pouco tempo.
A partir daí, mudei um pouco do meu ser.
Começei a agarrar a vida de um modo que não fazia..
Resolvi deixar o emprego que tinha à dois anos. Precisava de outros ares.
Agora tenho a hipótese (quase real) de ir trabalhar para o entrangeiro. Não tenho medo. Disto não.
Só temos de nos arrepender das decisões que não tomamos.
Vou dando notícias. Até qualquer dia.
Tomamos como garantidas a maioria das coisas apenas porque perduram connosco à muito tempo. Olhamos à volta e pensamos: amanhã ainda está aqui.
Com o amanhã chega a notícia que acabou. Partiu, e não volta mais.
Ao longo das nossas vidas, deparamo-nos com essas perdas.. todos nós..
O que acaba por variar é o modo de as encarar e voltar a viver.
Também já todos tivemos de dizer um dia: perdi alguém.
Mas tudo também depende de quem é esse alguém..
Não vou mentir.. Perdi um pouco a vontade de me lamuriar com problemas que sei que acabam por ser comuns a todos os seres humanos.
Mas a verdade é que ultimamente as mudanças na minha vida, além de impostas, têm sido muito pouco espaçadas.
No final de Julho perdi um avô. O meu pai perdeu o pai, a minha avó o marido.
Um mês depois, perdi a minha avó. A minha mãe perde a mãe e o meu avó ganhou a companhia eterna do amor da sua vida.
Lembro-me que, quando recebi a segunda notícia, só consegui dizer: Ela não..
Quem a conheceu, sabe do que falo. A D. Ana não era somente a minha avó, era a avó dos meus irmãos, dos meus primos e até dos meus amigos..
Era ela.. pequenina no seu metro e quarenta e cinco, sapatinho 34.. Rija como um toiro, diria eu até à pouco tempo.
A partir daí, mudei um pouco do meu ser.
Começei a agarrar a vida de um modo que não fazia..
Resolvi deixar o emprego que tinha à dois anos. Precisava de outros ares.
Agora tenho a hipótese (quase real) de ir trabalhar para o entrangeiro. Não tenho medo. Disto não.
Só temos de nos arrepender das decisões que não tomamos.
Vou dando notícias. Até qualquer dia.
2 Comments:
Olá Lena,obrigada por regressares ao teu blogue,finalmente tenho notícias tuas!Vejo que vais iniciar um novo ciclo na tua vida,é bom,é sinal que já consegues libertar-te e a esperança volta a nascer em busca de algo melhor.Toda a felicidade do mundo para ti e não deixes que este mundo te endureça o teu "coração".Envio-te mais uma mensagem,espero que gostes.Bjs.Rosário A SOLIDÃO
A solidão não existe. A solidão é tão-somente medo do eu. Medo de si próprio. O ser humano anda há tantos séculos a prestar atenção aos outros: o que dizem, o que pensam, o que acham, o que julgam, que não desenvolve o hábito de olhar para dentro. Sentir-se por dentro. Lembras-te: «Vocês não são o que pensam, são o que sentem»?
Claro que o ego também não ajuda, está sempre a dizer-te o que deves ou não fazer. E se reparares, são sempre indicações para fazeres ou pensares coisas fora de ti. Sempre fora de ti. Sempre relacionadas com os outros.
Conclusão: começa a haver um abismo entre o que tu és e o que tu pensas que és.
É muito mais prático achares que és uma série de coisas. Se essas coisas forem politicamente correctas vão dar-te imenso jeito. Mas esqueces-te de que existe um ser aí dentro que quer e precisa de existir, que tem vida própria, às vezes até muito mais desconcertante do que te daria jeito admitir. Esse ser és tu e não há como negar. Quanto mais sentes esse ser que és a querer existir, maior é a tendência de te esconderes por detrás dos outros.
Vou dizer-te uma coisa. Por mais absurdo que pareça, é muito mais fácil sermos o que esperam de nós, do que sermos nós próprios. Porque ao seres o que esperam de ti não entras em conflito com ninguém, não desiludes ninguém, enfim, a tua vida fica muito mais fácil de viver... com os outros. O problema é que se torna cada vez mais difícil viveres contigo própria. E porquê? Porque ao seres - ou tentares ser - o que esperam de ti, não contas com uma frequência energética fortíssima que não aceita ser contrariada. O teu eu. A tua alma. O teu ser. A tua essência.
A solidão não existe. O que existe é o Universo a retirar todas as pessoas do teu caminho para definitivamente te encontrares com o teu interior. O retorno ao ambiente mágico do teu interior. E esse ambiente, quanto mais vivido for, mais mágico se torna.
Vim dar uma espreitadela às novidades... Gostei especialmente do "o meu avó ganhou a companhia eterna do amor da sua vida". É linda a imagem, não é? :) Dá um certo consolo...
Cumpriste os teus objectivos de partir para o estrangeiro, e amanha despeço-me de ti.
Não adianta dizer-te que vou ter imensas saudades tuas, porque já o sabes, mas prometo guardar todas as tuas coisas com o maior carinho, até que regresses.
Mas enquanto andas lá por terras cabo-verdianas, tira o maior partido de tudo. E no regresso, trás na mala um amigo para a mana :)
Boa viagem, apêndice :)
Take care
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