Um dia..
Era um dia normal, um dia qualquer.. estava apenas farta de fixar os olhos nos mesmos rostos, nos mesmos móveis, nas mesmas divisões abastadas de bijouteria comprada nalguma feira de segunda.
Palmilhei a rua em direcção ao café que frequento por hábito e por gosto. O dia estava cinzento como o de hoje mas a chuva teimava em não cair. O frio gela-me o rosto, as mãos, e foi com alívio que alcancei a porta do café..
No seu interior a atmosfera era de aconchego. Era como se o dia estvivesse lindo e o sol brilhasse com toda a sua intensidade e vigor. Por isso mesmo voltei lá fora, porém nada havia mudado.
Apenas uma chuva miudinha dava um ar da sua graça, molhando aqui e ali pequenos pedaços da calçada desgastada pelos passos apressados daqueles que passam sem notar...
Tronei a transpor a soleira da porta e desta vez resolvi sentar-me numa mesa que, entretanto, havia ficado vazia. Sentei-me. Pedi um café e um maço de cigarros. Enquanto o empregado tardava, olhei em volta e observei aqueles queali se haviam refugiado, tal como eu, num dia triste como aquele.
A meu lado, dois namorados discutiam freneticamente acerca de coisas triviais da vida: compras, gostos, cores, sei lá! Observava-os um velho, não sei bem se reprovando ou admirado com a situação. Acompanhava-o um copo pequeno de vinho, quase vazio, e o jornal manchado do dia anterior... Iniciou a sua leitura e não mais olhou os jovens que continuaram afincadamente a sua discussão.
Pensei, são coisas da vida! Em apenas alguns curtos minutos havia-me deparado com dois estilos de vida plenamente opostos. Enquanto os jovens namorados vociferavam entre si palavras sem nexo, o velho deliciava-se com a leitura do seu jornal, alheando-se de toda a atmosfera que a envolvia: as notícias passadas mas recentes fizeram-no esquecer de onde estava e que o levaram em direcção a um mundo que, durante aqueles curtos momentos, seria só seu...
Ri-me em surdina e procurei algo que fazer. Este meu pensamento foi subitamente interrompido pelo empregado que, finalmente, me trouxe o café e o maço de cigarros que já tivera tempo de fumar.
Resolvi sair de lá. Tinha um saco para arrumar as velhas recordações de uma semana e um comboio para apanhar. Atrás de mim deixei alguns trocos, uma chávena vazia e um cigarro fumegante mal apagado..
Palmilhei a rua em direcção ao café que frequento por hábito e por gosto. O dia estava cinzento como o de hoje mas a chuva teimava em não cair. O frio gela-me o rosto, as mãos, e foi com alívio que alcancei a porta do café..
No seu interior a atmosfera era de aconchego. Era como se o dia estvivesse lindo e o sol brilhasse com toda a sua intensidade e vigor. Por isso mesmo voltei lá fora, porém nada havia mudado.
Apenas uma chuva miudinha dava um ar da sua graça, molhando aqui e ali pequenos pedaços da calçada desgastada pelos passos apressados daqueles que passam sem notar...
Tronei a transpor a soleira da porta e desta vez resolvi sentar-me numa mesa que, entretanto, havia ficado vazia. Sentei-me. Pedi um café e um maço de cigarros. Enquanto o empregado tardava, olhei em volta e observei aqueles queali se haviam refugiado, tal como eu, num dia triste como aquele.
A meu lado, dois namorados discutiam freneticamente acerca de coisas triviais da vida: compras, gostos, cores, sei lá! Observava-os um velho, não sei bem se reprovando ou admirado com a situação. Acompanhava-o um copo pequeno de vinho, quase vazio, e o jornal manchado do dia anterior... Iniciou a sua leitura e não mais olhou os jovens que continuaram afincadamente a sua discussão.
Pensei, são coisas da vida! Em apenas alguns curtos minutos havia-me deparado com dois estilos de vida plenamente opostos. Enquanto os jovens namorados vociferavam entre si palavras sem nexo, o velho deliciava-se com a leitura do seu jornal, alheando-se de toda a atmosfera que a envolvia: as notícias passadas mas recentes fizeram-no esquecer de onde estava e que o levaram em direcção a um mundo que, durante aqueles curtos momentos, seria só seu...
Ri-me em surdina e procurei algo que fazer. Este meu pensamento foi subitamente interrompido pelo empregado que, finalmente, me trouxe o café e o maço de cigarros que já tivera tempo de fumar.
Resolvi sair de lá. Tinha um saco para arrumar as velhas recordações de uma semana e um comboio para apanhar. Atrás de mim deixei alguns trocos, uma chávena vazia e um cigarro fumegante mal apagado..
1 Comments:
Linda descrição... Descrição tal que era como se estivesse lá a ver a cena toda... Parabéns!
Enviar um comentário
<< Home